segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O show da BRAHIA nas Olimpíadas

No final, tudo deu certo e mostrou como um povo e artistas criativos pode fazer coisas maravilhosas. Foi o que vimos nas festas que abriram e encerraram as Olimpíadas Rio 2016. Mas, a BRAHIA foi um show à parte. Quem não se encantou com Gil e Caetano na abertura. No meio, Isaquias o maior medalhista brasileiro em uma única Olimpíada, além de Robson Conceição e Walace com as medalhas inéditas no boxe e no futebol masculinos. No final apoteótico, as Ganhadeiras de Itapuã e nossa belíssima Mariene de Castro.

Mas do que obras de infraestrutura importantes para a cidade do Rio, fica o legado de esportistas com a mesma trajetória humilde de milhões de brasileiros que superam as dificuldades e fazem um País inteiro se orgulhar. Atletas que levaram o Brasil ao pódio várias vezes porque tiveram o apoio dos programas sociais implantados pelos governos de Lula e Dilma, através do Ministério do Esporte dirigido pelo PCdoB.

Depois do Rio 2016, a BRAHIA de heróis e mitos como Joana Angélica, Antônio Rebouças, Maria Quitéria, Corneteiro Lope e Maria Felipa, entre outros, é a terra também de heróis como o boxeador Robson Conceição; os canoístas Isaquias Queiroz e Erlon Silva; além de Walace Souza e também Rogério Micale, da seleção masculina de futebol.

Os heróis do 2 de Julho ajudaram o povo brasileiro a conquistar sua plena liberdade. Os heróis olímpicos ajudaram o País a conquistar o maior número de medalhas na história da nossa participação em Jogos Olímpicos. Mais que isso, tornaram nossos dias mais felizes e são exemplos para crianças e jovens da periferia, negro e pobres, sentirem e acreditarem que podem superar as dificuldades para vencerem através do esporte.

Isaquias e Erlon são oriundos do projeto social Segundo Tempo, criado pelo governo Lula. Erlon trabalhava como tirador de areia, tendo que remar até o meio do Rio de Contas, saltar da embarcação e usar uma pá para retirar do solo o material que posteriormente seria usado em construções. Com varas e pás, fez remos para aprender canoagem. Vendedor de picolé, Robson Conceição levou as brigas na rua em Boa Vista de São Caetano e no Carnaval para ser campeão olímpico em cima de um ringue.

Outros atletas também ajudaram o País a estar presente nos Jogos Olímpicos, em diversas modalidades: Ana Marcela Cunha e Allan do Carmo (maratona aquática), Graciete Moreira (maratona), Adriana Araujo (boxe feminino), Robenilson de Jesus e Joedison Teixeira (boxe), Isabela Ramona (basquete feminino), Rafaelle, Fabiana e Formiga (futebol feminino). Eles também são apoiados por programas sociais como FazAtleta e Bosa Esporte.

Fica a lição para os poderes públicos investirem mais no esporte. Colocar o esporte na grade curricular dos alunos nas escolas pode ajudar o Brasil a ser uma potência esportiva e uma Nação mais justiça socialmente. É essencial transformar o esporte em política de Estado, instrumento de inclusão e de produção de atletas de alto rendimento. Nossos medalhistas já mostraram que isso é possível, inclusive nos dando a ousadia de incluir mais uma letra no nome da Bahia.

Cláudio Mota - Jornalista, publicitário e responsável pelo Axé Com Dendê