segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Fuleco, a Copa e a publicidade


Assim que foi definido por votação na internet, o nome do mascote da Copa 2014 (nosso bem brasileiro Tatu-bola), começou uma discussão polêmica sobre o nome. O argumento para Fuleco foi a combinação entre futebol e ecologia. Na junção tem lógica e coerência. Mas, faltou aos responsáveis pelo marketing e a publicidade fazerem algumas perguntas importantes. Aprendi isso durante o curso de Publicidade na universidade.

 
A definição de um nome para um produto ou marca tem que sintetizar a sua essência e sua personalidade. Afinal, é isso que orientará a comunicação e a estratégia de uma organização (privada, pública ou política). Entretanto, isso ainda não é suficiente.

 
É prudente quando se opta por um nome novo - fruto de junção de nomes existentes -, saber se não existe algo relativo a ele. Com o oráculo da modernidade Google isso ficou ainda mais fácil e rápido.

 
Também não termina ai a questão. É preciso testar o impacto que pode causar nas pessoas um produto, uma campanha ou um nome, antes de ser mostrado publicamente. Isso se faz com a pesquisa qualitativa, reunindo pessoas que não tenham envolvimento emocional com o objeto trabalhado.

 
Quem foi pesquisar o significado do nome Fuleco, soube que é o apelido do nosso querido ânus, fiofó, reto...ah, vá! (bem baixinho: é c..., mesmo). Olha por onde está começando a Copa no Brasil.

 
Uma campanha, uma marca e um produto precisam está conceitualmente corretos, na forma e no conteúdo. Os símbolos a serem usados devem estar em sintonia com o nome e o conceito.

 
A mensagem publicitária não leva em conta apenas um nome que chame atenção e uma imagem que o reforça. Ao estabelecer o conceito da campanha, há que se perguntar: Está adequado ao público? O estilo de comunicação tem a ver com quem está emitindo a mensagem? Qual possível impacto no ambiente e nas pessoas?  

 
Na comunicação publicitária, o maior erro é se apaixonar pela primeira ideia, sem confrontá-la com essas e outras perguntas. Criatividade e originalidade devem estar ancoradas em lógica e coerência.

 
Realizar um evento de grande magnitude como a Copa do Mundo exige cuidados com grandes questões estruturais e, especialmente, com detalhes simples, mas que estão revestidos de muitos simbolismos.

 
Me identifico com a tese de que a melhor comunicação é a que torna o óbvio perceptível. Se não mudar esse nome, só nos restará torcer para o Brasil ganhar a Copa e não ver uma nação inteira tomar no Fuleco.

Um comentário:

  1. Claudio. pertinente e necessário esse seu comentário meu velho. Vê lá no face veja a perola que eu encontrei na NET. Talvez vc até já tenha visto, estou rindo atoa velho...
    QUASE Q ERA FULÊRO O NOME DO TATU!

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