terça-feira, 19 de julho de 2016

Mais creches para mães trabalhadoras e estudantes


Reproduzindo matéria do Movimento Novas Ideias

A cada ano, os números mostram a importância de se intensificar políticas públicas compatíveis com a importância da mulher na sociedade e os problemas que ela enfrenta. Uma questão que se coloca é a construção de creches públicas. Dados colhidos pela Central de Creches do Brasil e pelo IBGE, revelam que Salvador precisa de 145 mil vagas para crianças com idades entre 0 e 5 anos, e que a grande maioria delas vive nos bairros mais pobres.

“Por isso, é fundamental ampliar a rede municipal e dar maiores condições para que as mães tenham um lugar seguro para deixar os seus filhos. Tudo para evitar que muitas jovens abandonem seus estudos e o trabalho”, afirma Marcelo Gavião, líder do Novas Ideias e que defende essa bandeira.

DESCASO DO PREFEITO

Estudo feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio Grande do Sul, baseado em dados do IBGE de 2012 e matrículas do Senso 2014, mostra que Salvador ficou na 22ª posição entre as 27 cidades avaliadas. Em relação à pré-escola, destinada a crianças de 4 e 5 anos, nossa cidade fica em antepenúltimo lugar (25ª posição).

“O mais incrível é que os recursos que financiam a educação da primeira infância são do Governo Federal, através do Fundeb e dos programas Pró-Infância e do Brasil Carinhoso. São verbas para pagar professores e fazer a manutenção e reformas das instituições. O Executivo só precisa coordenar isso, sem gastar nada. Mas não faz”, critica Gavião.

O caso em Salvador é grave. De acordo com a regional da Central de Creches do Brasil, os recursos relativos ao ano de 2015 não foram repassados integralmente às instituições. Cerca de 77 creches do município foram excluídas da merenda escolar, 43 das 109 unidades estão com obras paradas há quase um ano. Das 239 creches comunitárias, apenas 69 são conveniadas pela Prefeitura, e elas só haviam recebido 40% dos recursos do Fundeb.

JOVENS MÃES

A situação exige medidas mais rápidas. Isto porque o número de adolescentes entre 10 e 19 anos que se tornam mães no Brasil vem aumentando nos últimos quatro anos. Dados do IBGE mostram que, entre 2011 e 2012, o total de filhos gerados quando as mães tinham entre 15 e 19 anos quase dobrou: de 4.500 para 8.300.

São cerca de 700 mil meninas sendo mães todos os anos. Desse total, pelo menos 2% tem entre 10 e 14 anos, sendo que elas não têm nenhuma preparação psicológica e nem financeira. Segundo dados de 2013 do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), no Brasil, 12% das adolescentes de 15 a 19 anos têm pelo menos um filho, e 19,3% das crianças nascidas em 2010 são filhos e filhas de mães menores de 19 anos.

CHEFES DE FAMÍLIA

A maior escolaridade e crescente inserção no mercado do trabalho levaram às mulheres a posição importante no núcleo familiar. Pelo sendo do IBGE de 2010, cerca de 40,9% das mulheres contribuem para a renda das famílias do País, e 38,7% dos 57,3 milhões de domicílios registrados já eram comandados por elas.

Segundo a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), em mais de 42% destes lares, a mulher vive com os filhos, sem marido ou companheiro. “É neste cenário de conquistas e desafios, que precisamos avançar mais para reduzir as desigualdades de gênero. E ter equipamentos públicos, como creches, se torna fundamental”, aponta Marcelo Gavião.

Acesse: www.novasideiasparasalvador.com.br/ 


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