terça-feira, 16 de agosto de 2011

É larga, mas tá estreita



A internet abriu um mundo inteiro de possibilidades para as pessoas. Ela revolucionou nossa vida e a comunicação. Através de clicks rompe-se o cerco das grandes mídias, que não abrem espaço para a diversidade de opiniões. A web contribuiu para democratizar também o conhecimento.

Entretanto, não conseguiu cumprir sua missão original de ser, de fato, uma rede mundial de computadores, conectando milhões de sere ávidos por saberes.

Mesmo com avanços, muita gente não tem acesso à conexões rápidas, que só a banda larga pode oferecer. Por isso, atualmente uma das princiais lutas pelo direito à comunicação é pela garantia desse serviço, universal, de qualidade e acessível a toda população. A UIT (União Internacional de Telecomunicações) define banda larga como a capacidade de transmissão que é superior a 1.5 ou 2 Megabits por segundo.

O problema é que banda larga no Brasil, mesmo com o crescimento do número de usuários e velocidade, é mais cara e mais lenta do que em outros países. Aqui, a banda larga ainda tá estreita.

Segundo pesquisa do Barômetro Cisco de Banda Larga, existem 20 milhões de conexões banda larga no Brasil. Muito pouco para uma população de quase 200 milhões de pessoas.

No final do seu governo, o ex-presidente Lula lançou o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O objetivo é massificar, até 2014, a oferta de acessos de internet banda larga com velocidade de 1 Mbps e preços a partir de R$ 35.

A Telebrás comandará o sistema e as empresas privadas o complementam. Mas, apenas 100 cidades receberão inicialmente o PNBL. Segundo o IDEC (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor), a oferta desse serviço está concentrada nas mãos de poucas empresas.

A banda larga é um instrumento essencial para o direito da população à comunicação e à cidadania. Deve ser universal, ter preço justo, ser eficiente, de qualidade e rápida. Senão, vai continuar larga, mais muito estreita.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Pertinente!
    Como acontece com outras situações que a grande massa de brasileiros deveria ter acesso fácil: EDUCAÇÃO, SAÚDE E EMPREGO. Oxalá meus netos consigam!

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